24 julho 2016

(Escrito em 20 de julho ao som de "A Noite" - Tiê)

"Palavras não bastam, não dá pra entender.."

Um simples verso que tenho guardado comigo e por todas as noites tem me incomodado.


Tenho sentido falta de algo.

Tenho me sentido transbordar.

Compartilhar o que me incomoda com meus amigos não tem sido mais suficiente. Eu escrevo por refúgio, sinto-me lavar a alma quando discorro as letras pelo papel, ao final do texto as lágrimas sempre se transformam em sorrisos.

TRANSFORMAVAM-SE.

Já não é mais assim.

Dizem que somos a soma das pessoas que passam por nossas vidas e eu digo que em tudo de mim há um pouco de você.

Pensar assim é lindo ou era...

Mais do que ouvir, desabafar e escrever, eu preciso e sinto uma vontade de falar.

É tão complexo porque me sinto transbordar e faltar ao mesmo tempo. Sobra muito, mas falta pouco, um pouco de mim. E durante a noite, os pensamentos me perseguem, ensaio um, duas ou três conversas, vários diálogos, todos bem ensaiados para não errar o roteiro.

Mas o dia amanhece, nada aconteceu.

De nada adianta eu transbordar para muitos, se for faltar para você.
Enquanto eu não concluir esse diálogo ensaiado, o meu ponto final terá sido...

INTERROGAÇÃO.

05 julho 2016















(escrito em 12 de junho ao som de High Hopes - Kodaline)

Eu nem sei mais quanto tempo faz, na verdade parei de contar.

Eu tinha deixado de lado, deixado tudo para trás, até tentei escrever um nova história.
Durante todo aquele tempo eu fui bem persistente, tentei apenas virar a página, reescrever alguns parágrafos, no máximo mudar o capítulo. Mal sabia eu que a única opção era trocar de livro.

Mas iniciar um novo livro tem sido o meu maior desafio, avanço algumas linhas, rabisco alguns parágrafos, esboço alguns sorrisos e já quase no fim da página, uma lágrima me interrompe a vírgula.

Reticências.
 
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