25 setembro 2014

Quando o sinto, me perco. Fujo dos meus sentimentos. Enfraqueço!



Tenho um incessável medo de perder as pessoas que gosto e é por esse medo que acabo as perdendo. Não que eu tenha um sentimento de posse e que trate pessoas como propriedade, pelo contrário, eu as perco porque me prendo ao meu desequilíbrio emocional de invadir sua liberdade e acabo não agindo racionalmente, não dando o devido valor, atenção e consequentemente perco oportunidades que mais tarde outros irão aproveitar. Isso me torna tão superficial, quando na verdade sou mais uma criança inocente, presa aos sonhos que idealizou e a tantos momentos que planejou, mas que nunca serão realizados, puro e simplesmente porque o tempo passou e esta oportunidade não volta mais.

O que fazer? Inúmeras coisas passam-me à cabeça, caio na representatividade de uma depressão ilusória; lágrimas que escorrem por todo o meu corpo. Então, volto ao meu mundinho preto e branco, um espaço em que minha criança, desesperada, busca encontrar alguma saída, talvez apenas algo que a faça parar de chorar, afinal derramar uma lágrima expressa a mais nobre vontade de sorrir.

Melhor seria se junto com as oportunidades, perdêssemos também a memória, assim não haveria a dor das lembranças. Não haveria porque se lembrar de alguém que te fez dar alguns sorrisos bobos, das longas conversas, dos sonhos e planos, de um simples bom dia ou boa noite que por mais singelo, faziam do meu dia mais especial, porque ao contrário do que muitos pensam, é a simplicidade das coisas e pessoas que marcam nossas vidas.

Mas feliz ou infelizmente não perdi a memória e sigo com tais lembranças e levo comigo a esperança de que por sorte, razões divinas ou maiores, a oportunidade esbarre comigo novamente e eu possa viver a experiência do amor que o medo me fez reprimir e do sentimento que tardei em revelar.
 
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