11 dezembro 2015

DEPOIS DOS 20

2 comentários:
 

"O barco parte. O porto fica."

Inicio o texto de hoje com essa pequena reflexão. Alguns de nós sentem-se orgulhosos por ser o porto seguro de alguém, afinal é tão prazeroso saber que você é importante, necessário e talvez único na vida de outro além de você, não é mesmo? Eu acreditei nisso durante 19 anos, mas depois dos 20 algo mudou em mim. Percebi que ao mesmo tempo em que é prazeroso vivenciar situações emocionais demasiadamente fortes, é também extremamente desgastante.

Então, é preciso desligar-se.

Desligar-se de tudo que te faz mal, te limita, te impede de caminhar, mesmo que seja a pessoa que você ama e nesse caso o desligamento não é algo ruim, pelo contrário, é uma atitude de coragem e requer maturidade para desobrigar-se mentalmente, emocionalmente e às vezes fisicamente de um envolvimento não saudável e que esteja fazendo mal a ambos. Desligar-se de uma pessoa não é abandonar, deixar de se importar ou amar, apenas se desprender da agonia daquele envolvimento e das limitações que ele provoca, sabe? Parece algo muito difícil ou mesmo impossível, confesso, mas quando se pratica, vai perceber que é a coisa mais fácil do mundo ou mesmo se questionar: Por que eu não fiz isso antes?

Depois dos 20 eu percebi que de nada adianta olhar para o passado e remoer momentos, tampouco me arrepender de coisas que fiz ou deixei de fazer. Assumir os erros é necessário, mas não é o bastante; O tempo não pára enquanto eu lamento por um fracasso, um erro cometido ou aquele sonho não realizado. A vida continua acontecendo e eu preciso me resolver comigo mesmo para continuar a viver. Afinal as quedas podem até ser inevitáveis, mas a recusa em se levantar não, então por mais que eu caia, a certeza é sempre a mesma: eu posso me levantar e fazer ainda melhor. 

E bem, essa fase de depois dos 20 tem sido a melhor da minha vida, é tão bom sentir-se bem consigo mesmo, sentir-se vivo sem qualquer remorso, sem qualquer obrigação, sem nenhuma responsabilidade a não ser sobre si mesmo. Até mudei a cor do meu cabelo, o meu jeito de me vestir e há muitos novos projetos em andamento prontos para serem lançados. Porque agora já não é importante o que pensam ou vão pensar de mim, mas que fique claro: não há rancor, não há amargura, eu sigo amando e emanando amor, mas livre, solto e feliz, sem o prendimento da culpa. 

A idade mudou, eu cresci.

2 comentários:

  1. Olá, Victor. Tudo bem?
    Um tapa sem mão e mim e em muitas pessoas que por tudo pensam em desistir. Que acham que só há uma solução, aceitar a derrota e pronto.

    A idade mudou e os pensamentos também, nem sei direito o que falar sobre o texto.
    Muito bom!

    Até mais. http://realidadecaotica.blogspot.com.br/

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  2. Amei... passo por isso quando estou no mês do meu aniversário... mas para mim tive também momentos profundos de reflexão e decisão depois dos 30.... Até fiz uma postagem lá no blog. Mas o interessante é está aberto às mudanças e pronto para o novo.
    www.falaele.com

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